Há exatos 20 anos, estava eu descobrindo o setor funerário e os planos de assistência. A princípio, como um trabalho paliativo, depois, como profissão e hoje como missão. Foi um começo conturbado pela minha inexperiência, mas uma coisa eu lhes digo, valeu a pena cada provação a qual fui colocado, pois hoje sou produto de um aprendizado nem sempre tranquilo mas que me fez crescer muito.
A tecnologia estava engatinhando e as coisas aconteciam de forma morosa. As campanhas eram criadas no “peito” e os treinamentos ainda eram rústicos. Redes sociais? Nem Orkut tinha, era olho no olho mesmo, você tinha que se entregar, para sair de uma casa com a sua venda, e se fazer merecedor daquele cliente.
O “x” da questão é ter sobrevivido às mudanças. O palestrante Alfredo Rocha diz que toda mudança gera transtorno, pois as pessoas tendem a resistir. Confesso que demorei um pouco para me adaptar, porém, não aceitava ficar à margem de tanta coisa boa que estava acontecendo e resolvi me engajar e evoluir no mesmo ritmo ou bem próximo. Então pergunto: o que podemos oferecer ao mercado, aos empresários, para que suas empresas de planos sejam criadas, ou possam crescer e prosperar? Experiência, conhecimento, e estudo. É a resposta.
Experiência de uma vivência adquirida em outras empresas, na formação de equipes nas mais diversas áreas, no relacionamento com públicos diferentes, no contato com empresários conservadores, seguros, visionários, otimistas, precavidos, temerosos, etc. Tudo isso, se bem aproveitado, pode e deve ser usado por você em forma de multiplicador, tornando-o um criador de ideias e perfis.
Conhecimento, novas formas de treinamento, novas ferramentas, novas técnicas, novos scripts, novas rotinas, novos vídeos, novas palestras, livros, enfim, todo esse aparato que de alguma forma te alimentou no decorrer do tempo e que foram assimilados por você, deverão agora ser compartilhados.
Estudo, através dele você poderá efetivamente montar um planejamento para o empresário, direcionando-o ao caminho, orientando de forma profissional, o que deve ser feito, e quais medidas tomar para que tudo ocorra dentro dos conformes. Você deve montar, um modelo de negócio, mostrar o passo a passo para se construir um plano, afinal, não é contratar uma equipe e sair vendendo. A questão é mais complexa e cabe a você dizer qual o investimento estimado e traçar os planos de ação a serem tomados.
O mercado funerário cresce numa proporção acelerada e a tecnologia e o conhecimento do negócio como um todo deverão fazer parte do pacote que você entregará aos futuros parceiros. Conhecimento da nova legislação dos planos funerários é fundamental, inclusive para elaboração do contrato.
Sempre em minhas matérias, penso primeiramente em ajudar, motivar, abrir os horizontes para descobrir e aproveitar as oportunidades. Por isso espero mais uma vez, que tenha de alguma forma tocado o seu coração, e que tenha lhe aberto os olhos para que não seja surpreendido em seu próximo desafio. Se prepare e nunca pare de aprender, lembre-se que somos multiplicadores e formadores de mentes, acerque-se de pessoas competentes e crie o hábito de delegar e não centralizar.
Até a próxima. Fiquem bem, façam o bem que ele retorna para você multiplicado, e se você não estiver em um bom momento, lembre-se da célebre frase de OG Mandino, no livro O Maior Vendedor do Mundo, isso também passará.
João Luiz dos Santos – joaoluizconsultor2017@gmail.com
Matéria originalmente publicada na Revista Funerária em Foco, edição 16.