Ter animais de estimação da calçada para dentro de casa já não é mais suficiente. Os tutores, assim como os pets, querem novas experiências e, por isso mesmo, estão cada vez mais adeptos aos espaços “pet friendly”. O termo vem do inglês e significa “amigável para animais de estimação”. Tutora do shih tzuda Romeo, Alexia Araújo, de 23 anos, é frequentadora assídua de estabelecimentos destinados aos pets. “São diversas opções para passear com nossos pets e com a família ao mesmo tempo. Em Natal, costumo levar Romeo em shoppings, docerias e food parks”, conta.
A afirmação de Alexia Araújo está referendada pelo Serviço de Proteção ao Consumidor (SPC Brasil). De acordo com uma pesquisa realizada pelo órgão, 61% dos brasileiros têm os seus animais de estimação como membro da família. O levantamento também revela que 62% dos entrevistados disseram sentir falta de espaços que possibilitem a permanência dos pets juntos aos donos.
Atento a esta nova realidade, o cemitério e crematório Morada da Paz Emaús, empresa do Grupo Morada, já oferece aos pets de pequeno porte um atendimento diferenciado. Na coleira com guia empunhada pelo dono, os pets podem circular nas ruas do cemitério e nos espaços sinalizados com o adesivo “Pet Friendly”. Além de permitir que o visitante tenha a experiência de passear com o cachorro ou gato, o local também disponibiliza sacos coletores distribuídos logo na entrada, em caso de o pet fazer necessidades fisiológicas.
“O objetivo é tornar o momento de uma simples visita ou da despedida do ente querido mais prazerosa e menos dolorosa. Além disso, o simples ato de levar o pet para passear enquanto o tutor realiza os seus afazeres durante o passeio, pode deixar o animalzinho mais tranquilo e feliz”, frisa a supervisora do Morada da Paz no RN, Jacyane Câmara.
Segundo especialistas, empreendimentos que adotam essa prática são cada vez mais valorizados, podem aumentar a frequência de visitantes e conquistar novos consumidores. No entanto, segundo o gerente da Unidade de Negócios, Inovação e Tecnologia do Sebrae-RN, David Góis, também é preciso estar preparado para recebê-los.
“O mercado pet é um dos segmentos que mais cresce no mundo. Mas não adianta a empresa vender seu espaço como pet friendly sem que isso esteja incorporado em sua dinâmica. Caso ela já tenha isso em sua filosofia, é muito importante que se dê visibilidade. O cliente está cada vez mais ávido por esse tipo de diferencial. As empresas que respeitam o pet, que tem estrutura para receber o cliente com o seu pet, já não são mais uma tendência, mas uma realidade. As empresas que atenderem essa demanda, com certeza vão se sobressair”, explica o especialista.
Por Luis HS, com informações de Ideia Comunicação.