A funerária e a morte

Qual a relação entre a funerária e a morte? Trabalhamos com planos de assistência funeral familiar e qual é a nossa visão entre funeral e morte?

Segundo o Aurélio:
. Morte: [Do lat. Morte] S.f.1. é o fim da vida animal ou vegetal. 2. Termo, fim. 3.Terminação da vida.
. Funeral: [Do lat. funerale]. Adj. 2 g. 1. V. fúnebre. S.m. 2. Pompas fúnebres; préstito fúnebre; cerimônias de enterramento; 3. Ato de velar, com outros, um defunto, i. e., de passar a noite em claro na sala onde se encontra exposto um morto.
Podemos então entender que:

Morte
é uma interrupção irreversível da vida. Nas sociedades ocidentais, a morte tem sido considerada tradicionalmente como a separação entre a alma e o corpo. Atualmente, acredita-se que a morte acontece quando as funções vitais, a respiração e a circulação, expressas pelas batidas cardíacas são interrompidas. No entanto, como os avanços da medicina tornaram possíveis que se mantenha a respiração e a função cardíaca através de métodos artificiais, o conceito de morte cerebral ganhou bastante aceitação. Segundo este, a perda irreversível da atividade cerebral é sinal de morte, assim, é a ausência de atividade nos centros cerebrais superiores, principalmente o neocórtex.

Funeral
O Funeral ou ritos funerários são as práticas relacionadas com o evento fúnebre e o enterro de uma pessoa. Estas práticas, variáveis segundo as crenças religiosas, sobre a natureza da morte e a existência de uma vida depois dela, implicam importantes funções psicológicas, sociológicas e simbólicas para os membros de uma coletividade. Os rituais e costumes funerários estão relacionados não apenas com a preparação e despedida do falecido, mas também com a satisfação dos familiares e a permanência do espírito do falecido entre eles.
Portanto, se pensarmos a fundo, as Funerárias cuidam do EVENTO FÚNEBRE. A morte já se deu, não se morre em funerárias, nela são preparados os corpos para o evento fúnebre, para última homenagem e despedida do falecido. Se temermos as funerárias, deveríamos temer muito mais os hospitais, as estradas, os perigos a que nos expomos em vida, as situações e locais de risco, pois são nestes locais e situações que ocorrem a maior parte das mortes. Se existe alguma profissão que está mais diretamente ligada à presença ou momento da morte é a classe médica e hospitalar que presta assistência e socorro aos que necessitam neste momento.
Deveríamos fazer, como muitas vezes percebemos, o nome do Pai em frente a estes locais, hospitais, estradas, e situações de risco; do que em frente às funerárias, pois estas recebem os corpos já em óbito para ser preparados da melhor forma antes do evento de despedida, da última homenagem ao falecido.
Devemos ser agentes de mudança e desfazer estes preconceitos, paradigmas e não nos envergonhar com as atividades funerárias, mas esclarecer a nossa família, filhos, parentes, amigos, clientes e a toda comunidade que não lidamos com a “MORTE”, mas com o “EVENTO FÚNEBRE”, preparando, atendendo, acolhendo ao falecido e aos presentes.

Colaboração: Luis Quijada

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